Taxa de pobreza no Brasil recua pelo terceiro ano consecutivo e atinge 20,9%
O percentual representa uma queda de 0,8% em relação ao ano anterior

Dados divulgados em abril pelo Banco Mundial, agência financeira internacional que pertencente ao Sistema das Nações Unidas, indicam que 20,9% da população brasileira vivia em situação de pobreza em 2024, o que corresponde a cerca de 45,8 milhões de pessoas. O percentual representa uma queda de 0,8% em relação ao ano anterior. As informações foram divulgadas no portal SBT News.
"A pobreza, medida na linha de US$ 6,85 per capita por dia, diminuiu de 21,7% em 2023 para 20,9% em 2024, graças a um forte mercado de trabalho", destacou o relatório do órgão.
Ainda segundo o Banco Mundial, o Brasil criou 2,8 milhões de empregos em 2024. A geração de vagas ocorreu em um contexto de recuo da taxa de desemprego para 6,2% no fim do ano e de aumento na participação da população na força de trabalho. Os dados estão alinhados com os resultados da Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE em 30 de abril, que apontou desemprego de 7% no primeiro trimestre de 2025 — o menor percentual para o período desde 2012.
Já a média salarial cresceu 4,8%, "acima do aumento real de 3% no salário mínimo". Contudo, o estudo aponta que a alta de 7,7% nos preços dos alimentos prejudicou o poder de compra das famílias de baixa renda.
A redução ocorreu pelo terceiro ano consecutivo, mas com um ritmo mais lento. Em 2023, a queda foi de quase 2%, enquanto em 2022 a diminuição foi de 5% em comparação aos anos anteriores. O órgão aponta que a desaceleração é resultado da restrição fiscal e da rigidez orçamentária.
O Banco Mundial classifica a pobreza em três categorias, baseadas na renda e expressas em dólares. Quando convertidas para reais, as faixas são: os extremamente pobres vivem com até R$ 15,80 por dia, os pobres com até R$ 26,82, e os de situação intermediária com até R$ 50. O relatório abrange todas essas categorias.