Fevereiro Laranja: diagnóstico precoce da leucemia pode aumentar as chances de cura
O assunto foi abordado nesta segunda-feira (3), no programa Com Você, da TV Tambaú/SBT, apresentado por Fernandinha Albuquerque

O mês de fevereiro ganha uma cor especial: o laranja, em alusão à campanha de conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer que afeta principalmente os glóbulos brancos no sangue. O assunto foi abordado nesta segunda-feira (3), no programa Com Você, da TV Tambaú/SBT, apresentado por Fernandinha Albuquerque.
Durante a transmissão, a hematologista Dra. Carolina Rolo esclareceu pontos cruciais sobre a doença, enfatizando a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura. Ela alertou que, embora a anemia seja frequentemente confundida com a leucemia, na maioria das vezes, a condição está relacionada à falta de ferro ou a deficiências vitamínicas, e não evolui para leucemia.
A médica explicou ainda que, entre os tipos de leucemia, a aguda é a que se manifesta de forma mais abrupta e rápida, com sintomas como sangramentos, anemia e cansaço extremo. Já as leucemias crônicas podem ser detectadas em exames de rotina, como o hemograma, quando há alterações nos leucócitos.
Dra. Carolina destacou que sintomas como dores ósseas, manchas roxas, sangramentos nas gengivas e infecções recorrentes são sinais que merecem atenção. A dor nos ossos, por exemplo, ocorre porque as células imaturas da leucemia ocupam a fábrica do sangue, dentro dos ossos.
Fatores de risco, como a exposição ao benzeno, agrotóxicos, radiação e tabagismo, podem aumentar as chances de desenvolver leucemia, embora, em muitos casos, a doença seja adquirida sem uma causa específica.
A especialista também explicou que, apesar de existirem formas hereditárias de leucemia, a maioria dos casos é adquirida ao longo da vida. Por isso, é essencial que a população esteja ciente dos sintomas e procure atendimento médico o mais rápido possível, caso identifique algum sinal preocupante.
Dra. Carolina ressaltou a importância da doação de sangue e de medula óssea como formas de apoiar os pacientes com leucemia, uma vez que esses tratamentos exigem grande quantidade desses recursos para o sucesso da terapia.
O programa também destacou que o Centro de Hematologia e Hemoterapia da Paraíba (Hemocentro) é o local onde os cidadãos podem realizar doações de sangue, um gesto que pode salvar até quatro vidas.
Para quem deseja se tornar um doador de medula óssea, a hematologista orientou que, após o cumprimento de certos requisitos, como o peso mínimo exigido, todos podem contribuir. A doação de sangue e medula continua sendo uma prática vital, especialmente durante períodos de alta demanda, como o Carnaval, quando há aumento de acidentes e necessidade de reposição de bolsas de sangue.