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Condenada pela morte de Bernardo Boldrini é achada morta em presídio de Porto Alegre

Edelvânia foi uma das quatro pessoas condenadas pelo assassinato do garoto de 11 anos, ocorrido no município de Três os, no interior do Rio Grande do Sul

Por Carlos Rocha Publicado em
Condenada pela morte de Bernardo Boldrini é achada morta em presídio de Porto Alegre
Condenada pela morte de Bernardo Boldrini é achada morta em presídio de Porto Alegre (Foto: Reprodução)

A detenta Edelvânia Wirganovicz, de 51 anos, foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (22) no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, onde cumpria pena por envolvimento na morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, em 2014. A suspeita inicial, segundo a Polícia Penal, é de suicídio.

Edelvânia foi uma das quatro pessoas condenadas pelo assassinato do garoto de 11 anos, ocorrido no município de Três os, no interior do Rio Grande do Sul. Ela era amiga de Graciele Ugulini, madrasta da vítima, também condenada no caso. À época da investigação, Edelvânia confessou o crime e apontou à polícia onde o corpo da criança havia sido enterrado.

Atualmente, ela estava em regime semiaberto, depois de ter a prisão domiciliar revogada em fevereiro de 2025. Em 2023, chegou a usar tornozeleira eletrônica por falta de vagas no sistema prisional.

A Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) vão apurar os detalhes da morte. A defesa da detenta afirmou que ainda não foi oficialmente informada sobre o caso.


O crime que chocou o país

Bernardo Boldrini desapareceu no dia 4 de abril de 2014. Segundo familiares e a polícia, ele teria saído para dormir na casa de um amigo, mas não voltou para casa. O corpo foi localizado dez dias depois, enterrado às margens de um rio, em Frederico Westphalen.

O laudo de óbito indicou que a morte ocorreu de forma violenta, sem especificar a causa exata devido ao estado avançado de decomposição.


As condenações

Em 2019, os quatro acusados foram levados a júri popular e condenados:

  • Leandro Boldrini, pai da vítima, pegou 33 anos e 8 meses de prisão por homicídio qualificado. Cumpre regime semiaberto e teve o registro de médico cassado em fevereiro de 2025 pelo Conselho Federal de Medicina.
  • Graciele Ugulini, madrasta, foi sentenciada a 34 anos e 7 meses de prisão. Recentemente, teve autorização para migração ao regime semiaberto.
  • Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, foi condenada a 22 anos e 10 meses por homicídio e ocultação de cadáver.
  • Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, recebeu pena de 9 anos e 6 meses. Ele cumpriu a pena e está em liberdade desde janeiro de 2024.

O caso teve grande repercussão nacional e voltou aos holofotes com a morte de uma das envolvidas, quase 11 anos após o crime. As investigações sobre a causa da morte de Edelvânia seguem em andamento.



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