Prostitutas recebem assistência de saúde e vacinação em João Pessoa
O evento aconteceu no Pavilhão do Chá, no Centro de João Pessoa, e ofereceu serviços médicos e sociais

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Associação das Prostitutas da Paraíba (Apros-PB), realizou, nesta terça-feira (18), uma ação de assistência e promoção à saúde voltada para mulheres que trabalham com o sexo. O evento aconteceu no Pavilhão do Chá, no Centro de João Pessoa, e ofereceu serviços médicos e sociais, com foco na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e no cuidado integral dessas profissionais.
De acordo com Jéssica Mendonça, chefe da seção de IST, AIDS e Hepatites Virais da SMS, a iniciativa buscou levar os serviços até essas mulheres, muitas das quais enfrentam dificuldades para ar o sistema público de saúde.
"Muitas delas não conseguem ir até uma unidade de saúde devido ao trabalho. Por isso, estamos trazendo atendimento diretamente para onde elas atuam, garantindo que tenham o a exames, vacinas e outras formas de cuidado", explicou.
Serviços oferecidos
Durante a ação, foram disponibilizados:
✅ Consultas médicas e odontológicas (com atendimento do Odontomóvel);
✅ Vacinação e exames citológicos para prevenção do câncer de colo do útero;
✅ Auriculoterapia e ventosaterapia;
✅ Testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites Virais;
✅ Emissão e atualização do Cartão SUS;
✅ Rodas de conversa sobre saúde da mulher e direitos das trabalhadoras do sexo.
Para Luza Maria, coordenadora da Apros-PB, a parceria com a SMS tem sido essencial para garantir um atendimento contínuo a essas profissionais.
"Essa ação reforça a importância do autocuidado e da prevenção, especialmente para mulheres que enfrentam dificuldades para ar o SUS. O poder público tem um papel fundamental nesse e", destacou.
A atividade contou com equipes da seção de ISTs, do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA/SAE), das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e do Distrito Sanitário IV, responsável pela área central da cidade.
A prostituição é reconhecida no Brasil como uma atividade lícita, sendo considerada uma ocupação profissional pelo Código Brasileiro de Ocupações (CBO), sob o número 5198-05. No entanto, a exploração sexual e o rufianismo (lucro obtido por terceiros a partir do trabalho sexual de outra pessoa) são crimes previstos no Código Penal. A categoria enfrenta desafios como falta de o a direitos básicos, preconceito e vulnerabilidade social, o que torna ações de assistência como essa fundamentais para garantir saúde e dignidade às trabalhadoras do sexo.