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Hospital Padre Zé pode fechar as portas até o fim do mês por falta de recursos

De acordo com o gestor da unidade, irregularidades na gestão anterior impediram a aprovação das contas, o que trava a renovação do convênio anual do hospital com o Sistema Único de Saúde (SUS)

Por Carlos Rocha Publicado em
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Hospital Padre Zé pode fechar as portas até o fim do mês por falta de recursos

O Hospital Padre Zé, em João Pessoa, pode ter suas atividades suspensas até o fim deste mês devido a uma grave crise financeira. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (9). Segundo o padre George, responsável pela istração do hospital, a crise é resultado de entraves jurídicos e da suspensão de ree de recursos por parte da Prefeitura Municipal.

De acordo com o gestor da unidade, irregularidades na gestão anterior impediram a aprovação das contas, o que trava a renovação do convênio anual do hospital com o Sistema Único de Saúde (SUS).

“O hospital depende de duas grandes fontes de renda: cerca de R$ 800 mil do convênio do SUS e aproximadamente R$ 300 mil do Governo do Estado, totalizando R$ 1,1 milhão. No entanto, para se manter funcionando, o hospital precisa de R$ 1,6 milhão. Essa diferença de R$ 500 mil era suprida com emendas parlamentares, que agora também estão bloqueadas”, explicou o padre.

A Prefeitura de João Pessoa, que pactua leitos dentro do hospital, reconheceu a dificuldade em enviar os rees sem a aprovação das contas. Apesar disso, segundo o padre George, tanto a Prefeitura quanto o Governo do Estado demonstraram boa vontade em ajudar. “Há disposição para colaborar, mas tudo precisa ser feito dentro da legalidade. Por isso, estamos aguardando a decisão de uma intervenção judicial que permita a continuidade dos convênios”, afirmou.

Caso o ime não seja solucionado rapidamente, o Hospital Padre Zé poderá fechar ainda antes do final do mês. O padre informou que está prevista uma reunião com o Ministério Público e o Tribunal de Contas para tentar encontrar uma saída.

O hospital é referência no atendimento à população de baixa renda e, atualmente, dezenas de pacientes internados dependem da continuidade dos serviços. “Chegou a hora de separar definitivamente CNPJ de F. O que está em jogo agora é o futuro de muitas vidas que precisam do hospital”, ressaltou o gestor.

A situação segue sendo monitorada pelas autoridades, e a expectativa é que uma solução seja encontrada para evitar o colapso total da unidade.



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