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Morte do Papa Francisco repercute entre líderes religiosos e políticos da Paraíba

Dom Manoel Delson, Dom Alcivan Tadeus e o prefeito de João Pessoa Cícero Lucena se manifestaram sobre a morte do Papa

Por Carlos Rocha Publicado em
Francisco também mencionou a recente beatificação, no Ceará, da menina Benigna Cardoso da Silva
Morte do Papa Francisco repercute entre líderes religiosos e políticos da Paraíba (Reprodução / Vatican News)

A morte do Papa Francisco, confirmada pelo Vaticano nesta segunda-feira (21), repercutiu fortemente na Paraíba. O pontífice, Jorge Mario Bergoglio, faleceu aos 88 anos em Roma, após anos enfrentando problemas de saúde. Ele foi o primeiro papa latino-americano da história e permaneceu à frente da Igreja Católica por 12 anos, sendo amplamente reconhecido por sua postura de humildade, acolhimento e defesa dos mais vulneráveis.

Na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro Histórico de João Pessoa, o bispo auxiliar da Arquidiocese da Paraíba, Dom Alcivan Tadeus, falou sobre os protocolos que serão seguidos após a morte do pontífice. “Após a confirmação oficial feita pelo camerlengo, inicia-se o ritual do funeral papal, que deve durar de quatro a cinco dias. Depois disso, os cardeais se reúnem em conclave para eleger o novo papa”, explicou. Dom Alcivan destacou ainda que o Papa Francisco expressou o desejo de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e não na tradicional necrópole papal do Vaticano.

Dom Alcivan ressaltou ainda o legado de misericórdia e abertura deixado por Francisco. “Ele nos dizia: ‘abram sempre as portas da igreja para todas as pessoas’. Esse acolhimento marcou profundamente seu pontificado. Acredito que os cardeais considerarão essa postura ao eleger o novo pontífice”, completou.

O arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, comentou a comoção provocada pela perda. “Mesmo debilitado, o Papa ainda se apresentou ontem para transmitir sua mensagem de Páscoa. Foi uma grande surpresa para todos nós”, declarou. Dom Delson afirmou que Francisco “viveu e ensinou a esperança, e partiu após a ressurreição de Cristo, o que nos enche de fé nesse tempo de dor”.

Segundo Dom Delson, o Papa Francisco deixa uma marca indelével na história da Igreja, sendo um defensor da paz entre as nações e das camadas mais fragilizadas da sociedade. “Ele foi um homem simples, despojado, que andava de cadeira de rodas, sem vaidades, e fez questão de se apresentar como alguém comum mesmo nos momentos solenes. Um verdadeiro exemplo de humildade e humanidade”, afirmou.

Além das lideranças religiosas, autoridades políticas também prestaram homenagens. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, usou as redes sociais para manifestar seu pesar: “Com o coração apertado recebi a notícia do falecimento do Papa Francisco, um homem santo que dedicou sua vida ao Senhor e à sua Igreja. [...] Jorge Mario Bergoglio foi um farol de caridade e acolhimento, lembrando-nos que o mundo precisa de uma Igreja que coloque os humildes no centro de sua missão”, escreveu.

Já o governador da Paraíba, João Azevedo escreveu: "Com uma trajetória marcada por gestos de humildade, o Papa Francisco lutou pela construção de uma igreja mais humana, aberta e próxima da essência dos ensinamentos de Cristo".



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