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Criminosos aplicam golpe do “falso advogado” usando dados de processos judiciais na PB

Para aumentar a credibilidade, os criminosos usam fotos reais de advogados, logotipos de escritórios e, em alguns casos, até recorrem a tecnologias de clonagem de voz

Por Carlos Rocha Publicado em
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Criminosos aplicam golpe do “falso advogado” usando dados reais de processos judiciais na PB (Foto: Reprodução)

Um novo golpe tem se espalhado por diversas regiões do país e já preocupa autoridades e profissionais do Direito: trata-se do chamado “golpe do falso advogado”, em que criminosos se am por advogados utilizando dados reais de processos judiciais para enganar vítimas e aplicar fraudes financeiras.

Segundo o advogado Igor Lira, os golpistas am informações públicas dos processos, como nome das partes envolvidas, número do processo, valor da causa e até o nome do advogado verdadeiro. Com essas informações, entram em contato com as vítimas através de WhatsApp ou e-mail, e alegam que o processo foi concluído com êxito. Em seguida, solicitam o pagamento de custas judiciais falsas ou taxas cartorárias inexistentes por meio de transferências via Pix.

Para aumentar a credibilidade, os criminosos usam fotos reais de advogados, logotipos de escritórios e, em alguns casos, até recorrem a tecnologias de clonagem de voz, confundindo ainda mais as vítimas. “A orientação principal é que a comunicação entre advogado e cliente aconteça apenas por canais oficiais previamente acordados”, alerta Igor.

Casos assim têm sido registrados com frequência e já mobilizaram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O presidente nacional da entidade, Beto Simonetti, formalizou um pedido ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal investigue os casos, que vêm crescendo em todo o país.

Para evitar cair no golpe, especialistas orientam que os clientes:

  • Desconfiem de cobranças inesperadas;
  • Conversem diretamente com seus advogados por números já conhecidos;
  • Verifiquem o contrato de honorários, que já estabelece os valores a serem pagos;
  • Não realizem transferências sem antes confirmar a veracidade das informações.

Em caso de suspeita, a recomendação é não efetuar pagamentos e denunciar o caso às autoridades competentes. A atenção e cautela são fundamentais para impedir que mais pessoas sejam vítimas desse tipo de crime.



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