Justiça cobra resposta sobre demora na transferência de Fernando Cunha Lima para a Paraíba
O médico é acusado de abusar sexualmente de crianças durante consultas em seu consultório, em João Pessoa

A juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, do Tribunal de Justiça da Paraíba, requisitou nesta sexta-feira (9) novas informações para viabilizar a transferência do pediatra Fernando Cunha Lima, preso desde março no Centro de Observação Criminológica e Triagem (COTEL), em no município de Abreu e Lima, em Pernambuco.
O médico é acusado de abusar sexualmente de crianças durante consultas em seu consultório, em João Pessoa. Ainda em março, a Justiça havia solicitado, com urgência, a remoção do réu para um presídio na capital paraibana, mas a transferência ainda não foi efetivada.
No novo despacho, a juíza solicita informações à Secretaria de Ressocialização de Pernambuco, à 1ª Vara de Execuções Penais de Pernambuco e ao Juízo da Vara de Execuções de João Pessoa, para que esclareçam quais medidas estão sendo adotadas para possibilitar a transferência de Cunha Lima para a Penitenciária do Valentina de Figueiredo.
O documento ressalta que a Gerência Executiva do Sistema Penitenciário da Paraíba (Gesipe-PB) fez diversas solicitações com o objetivo de viabilizar a transferência do médico. No entanto, a Secretaria de Ressocialização de Pernambuco, responsável pelo procedimento, respondeu aos requerimentos informando que a transferência depende de uma decisão da 1ª Vara de Execuções Penais de Pernambuco, que, até o momento, ainda não se manifestou.
Preso no dia 7 de março em Pernambuco, Fernando Cunha Lima, acusado de estuprar crianças durante consultas foi inicialmente apresentado em João Pessoa, mas retornou ao estado na mesma noite após ar por audiência de custódia. No dia seguinte, 8 de março, a Justiça manteve a prisão preventiva. Desde então, ele segue detido no Centro de Observação Criminológica e Triagem (COTEL), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.