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Dados positivos

Consumo das famílias paraibanas deve atingir R$ 111,7 bilhões em 2025, aponta pesquisa

Levantamento mostra crescimento de 9,3% nos gastos das famílias

Por Redação T5 Publicado em
V AREJO SUPERMERCADO
11 cidades da Paraíba ultraam R$ 1 bilhão em consumo (Foto: Divulgação)

O potencial de consumo das famílias paraibanas deverá alcançar R$ 111,7 bilhões em 2025, segundo a nova edição da pesquisa IPC Maps, divulgada nesta quinta-feira (23). O montante representa um crescimento de 9,3% em relação a 2024, quando o consumo estadual ficou em R$ 102,2 bilhões. A pesquisa, desenvolvida pela IPC Marketing Editora, de São Paulo, há mais de 30 anos calcula o Índice de Potencial de Consumo das famílias com base em dados oficiais.

Mesmo com inflação elevada e juros altos, os dados indicam que o consumo no estado segue em expansão. De cada R$ 100 gastos no país, R$ 1,37 serão de consumidores paraibanos, um acréscimo absoluto de R$ 9,5 bilhões em relação ao ano anterior. Segundo os analistas da pesquisa, esse crescimento sinaliza espaço para novos empreendimentos e expansão de investimentos em setores estratégicos, principalmente nos segmentos com maior projeção de consumo.

Do total previsto para 2025, R$ 97,768 bilhões (87,5%) devem ser gastos por moradores da zona urbana, enquanto R$ 13,976 bilhões (13,5%) corresponderão às famílias da zona rural. Os principais destinos do consumo dos paraibanos incluem habitação (R$ 21,1 bilhões), alimentação no domicílio (R$ 11,9 bilhões), veículos próprios (R$ 9,2 bilhões), higiene e cuidados pessoais (R$ 4,3 bilhões), alimentação fora do lar (R$ 4,081 bilhões) e materiais de construção (R$ 3,974 bilhões).

O secretário da Fazenda do Estado, Marialvo Laureano, associa o resultado ao desempenho do mercado de trabalho paraibano, que encerrou 2024 com um saldo de 27.614 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo o Caged. O número representa um crescimento de 44,24% em relação a 2023, e é o segundo melhor desempenho dos últimos 12 anos, atrás apenas de 2022.

Até dezembro do ano ado, a Paraíba possuía 514.919 empregos formais ativos nos setores de serviços, comércio, indústria, construção e agropecuária. O índice de desocupação caiu para 8,3%, a menor taxa dos últimos 10 anos. Segundo Marialvo, esses dados refletem também os efeitos dos investimentos públicos diretos. O governo estadual multiplicou em 330% os investimentos com recursos próprios entre 2019 e 2024, saltando de R$ 585 milhões para R$ 2,5 bilhões ao ano. As ações incluem obras de infraestrutura como hospitais, adutoras, estradas, portos e escolas.

A pesquisa mostra ainda que o número de cidades paraibanas com consumo superior a R$ 1 bilhão subiu de 9 para 11. Além de João Pessoa (R$ 34,182 bilhões) e Campina Grande (R$ 14,113 bilhões), o grupo inclui Santa Rita (R$ 3,589 bilhões), Patos (R$ 3,539 bilhões), Cabedelo (R$ 2,588 bilhões), Bayeux (R$ 2,266 bilhões), Cajazeiras (R$ 1,935 bilhão), Sousa (R$ 1,905 bilhão), Guarabira (R$ 1,490 bilhão), além das recém-chegadas ao grupo, Queimadas (R$ 1,1 bilhão) e Sapé (R$ 1,070 bilhão).

O IPC Maps é o único levantamento do país que detalha o potencial de consumo por categorias de produtos em todos os 5.570 municípios brasileiros. A base de dados, atualizada anualmente, apresenta indicadores por classes sociais, áreas urbana e rural e setores econômicos, permitindo análises comparativas entre cidades, regiões e períodos.



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