Influencer Hytalo Santos se pronuncia sobre investigação do MP e atuação de menores na equipe
Em vídeo, criador afirma que todos os menores de idade são emancipados e atuam com autorização das mães
O influencer Hytalo Santos comentou nas redes sociais, nesta terça-feira (03), as recentes matérias publicadas na imprensa sobre uma ação do Ministério Público que investiga a atuação com jovens que vivem ou trabalham com ele. Em um vídeo publicado nos stories do Instagram, Hytalo afirmou que a ação não é recente, que ele sempre colaborou com as autoridades e que os menores que aparecem com ele são emancipados e estão com autorização das mães.
"A gente, se não deve, coopera com o Ministério Público", disse ele. "Leva todas as autorizações de imagem de alguém que, por exemplo, o pessoal daqui de casa... A gente é uma família, só que as pessoas veem aqui como se não fossem família, porque não é uma família padrão, não é uma família tradicional, mas quem acompanha a gente lá de trás sabe que toda a nossa ligação é de muito amor, é de muito afeto."
Ainda sobre a ação do MP, ele explicou: "As mães das pessoas que são menores e emancipadas, que aqui tem os emancipados ainda, e tem os maiores, só mais em relação aos menores que são emancipados, vão lá e aí falam a versão deles, como é que a gente conheceu, como essa família se constituiu."
Hytalo reforçou que o procedimento não foi iniciado recentemente, como sugerido por manchetes divulgadas na imprensa: "Pra resumir, saiu hoje em tudo que era canto como se tivesse sido aberto agora. Não foi de agora. A gente coopera sempre que o Ministério Público chama."
Segundo ele, o MP está apurando denúncias de pessoas que não estariam satisfeitas, mas que, até o momento, não há comprovação de irregularidades. "Se for verdade, tomar medida cabível. Se não for, o processo ou arquiva ou eles vão apurar mais fatos pra ver qual a medida que eles vão tomar", afirmou.
O influenciador também comentou uma ação judicial trabalhista movida por uma antiga equipe que trabalhou com ele. Ele afirmou que a primeira audiência já foi vencida pela defesa: "Ganhamos a primeira audiência, que são umas três, quatro, né, do mesmo segmento, do mesmo roteirozinho. E aí as pessoas, quando foram falar sobre, se contradisseram, se perderam, não tinham prova."
Por orientação da equipe jurídica, Hytalo explicou que não concede entrevistas nem comenta detalhes de processos ainda em andamento, especialmente os que tramitam em segredo de justiça: "A minha equipe jurídica me instrui a gente só falar a nossa verdade na justiça, igual a gente sempre faz."
Ele finalizou o vídeo dizendo que ará a tornar públicos os procedimentos, à medida que a imprensa também os divulga: "Se a galera pode [divulgar], eu também vou me sentindo no direito de fazer. Então toda audiência que eu for, todo procedimento que eu for fazer, eu vou mostrar na naturalidade que eu sempre mostro a minha vida aqui."
Vereadora de João Pessoa pediu investigação de influenciador
Em 27 de maio, durante sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa, a vereadora Eliza Virgínia (PP) cobrou investigação contra o influenciador digital Hyttalo Santos, citado em plenário como exemplo de situação que exige apuração imediata em casos de violência e exploração sexual de adolescentes.
A vereadora Elisa Virgínia utilizou a tribuna para denunciar publicamente práticas atribuídas ao influenciador. De acordo com Elisa, adolescentes estariam sendo levadas para a casa de Ítalo, sob a justificativa de apoio financeiro às famílias, mas submetidas a condições que, segundo ela, se assemelham à exploração sexual. "A gente vê nas redes sociais dele dezenas de meninas em atos de obscenidade, meninas seminuas, adolescentes, menores de idade. Isso é um exemplo clássico de abuso infantojuvenil", afirmou Elisa.
A parlamentar também pediu que os conselhos tutelares, o Ministério Público e os órgãos de proteção à criança e ao adolescente voltem atenção ao caso, com ações concretas de investigação. Segundo ela, uma das adolescentes teria inclusive perdido um bebê, e a situação estaria sendo explorada nas redes sociais para obtenção de audiência e lucro, o que caracteriza mais um agravante.
