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Na Paraíba, ministro do TCU cobra enxugamento do Estado e questiona renúncias fiscais

A participação do ministro aconteceu durante encontro promovido pela Federação das Indústrias da Paraíba (FIEPB)

Por Carlos Rocha Publicado em
Vital do Rêgo Filho, ministro do TCU (Tribunal de Conta da União).
Na Paraíba, ministro do TCU cobra enxugamento do Estado e questiona renúncias fiscais (Foto: TCU/Divulgação)

Durante evento realizado nesta sexta-feira (6) em Campina Grande (PB), o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo Filho, chamou atenção para o alto custo da estrutura estatal brasileira e reforçou a necessidade de uma reforma istrativa urgente. A participação do ministro aconteceu durante encontro promovido pela Federação das Indústrias da Paraíba (FIEPB).

Segundo Vital, o problema não está mais na carga tributária, mas na forma como o Estado é gerido. “Não precisamos de uma nova reforma tributária agora. Precisamos é de uma reforma istrativa, para tornar o Estado mais ágil e focado nas prioridades da população, como saúde, educação e bem-estar”, declarou.

O ministro também fez críticas ao que chamou de expansão do Congresso Nacional sobre o orçamento federal. Ele afirmou que, nos últimos anos, o Legislativo vem ganhando protagonismo no controle dos recursos públicos, o que tem impacto direto sobre o funcionamento da máquina pública. “Hoje o modelo brasileiro está mais parlamentarista do que presidencialista, com o Congresso ampliando sua influência sobre os gastos da União”, apontou.

Vital ainda destacou o peso das renúncias fiscais, que, segundo ele, somam aproximadamente R$ 600 bilhões por ano e favorecem 17 setores da economia, sem gerar retorno social ou econômico relevante. “Esses incentivos, na prática, comprometem as políticas públicas, pois reduzem a margem de manobra do governo para investir onde a população realmente precisa”, avaliou.

Ao final, o ministro reforçou que o Brasil precisa repensar o tamanho e o papel do Estado, com foco na eficiência e na entrega de serviços essenciais. “O Estado precisa ser leve e eficiente, concentrado em atender as demandas reais da sociedade”, concluiu.



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