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Vamos em Frente

Empreendedorismo regional pode se fortalecer com atendimento personalizado e agilidade

União entre Uber e iFood acende alerta para pequenos negócios e abre espaço para inovação local

Por Redação T5 Publicado em
Vamos em frente
Tendência é que disputa entre aplicativos pressione profissionais independentes (Foto: Ricardo Félix)

A fusão anunciada entre Uber e iFood na última quinta-feira (15) provocou repercussão no mercado digital brasileiro, sobretudo entre empreendedores e trabalhadores de aplicativos. Durante o quadro Vamos em Frente, no programa Conexão Clube Tambaú desta segunda-feira (19), o consultor Vinnie de Oliveira analisou os impactos da movimentação e alertou: “o pequeno precisa se preparar mais, mas também pode se destacar com diferenciais que os grandes não têm”.

Com dados expressivos, como os 120 milhões de usuários únicos da Uber no Brasil e os 60 milhões de pedidos mensais do iFood, a junção das plataformas promete ampliar o alcance dos serviços, mas também acirrar a concorrência no setor de entregas e mobilidade urbana. Segundo Vinnie, a tendência é que a disputa entre aplicativos pressione os profissionais independentes: “o motoboy ou motorista de aplicativo pode acabar tendo que pagar mais para trabalhar”.

Outro ponto levantado diz respeito aos direitos trabalhistas dos prestadores de serviço, frequentemente colocados em segundo plano pelas plataformas. “Há uma sobrecarga de trabalho, falta de garantias e aumento da cobrança em cima de quem já tem pouco respaldo”, comentou.

Ao mesmo tempo, a movimentação do mercado abre espaço para startups locais que buscam se consolidar com base em relacionamento próximo e agilidade operacional. Como exemplo, Vinnie citou a Moovery, aplicativo paraibano de entregas que já atua em outras cidades do Nordeste. “Quando você é pequeno, é muito mais fácil conversar com as empresas e com seus clientes. Isso é uma vantagem competitiva real”.

O consultor ainda alertou para a chegada da Kita, empresa chinesa que promete investir mais de R$ 5 bilhões no Brasil, além do plano da colombiana Rappi, que anunciou aporte de R$ 1,4 bilhão no país. Para ele, a entrada de novos players exige mais profissionalização dos pequenos negócios, mas também reforça a necessidade de valorizar características como atendimento personalizado, velocidade de resposta e presença digital cotidiana.

Com a aproximação das festas juninas e movimentações sazonais do comércio, Vinnie incentivou empreendedores a não se intimidarem com os gigantes do setor: “quem se prepara, chega mais longe. Aproveite esse momento como uma chance de melhorar o relacionamento com o cliente e adaptar-se ao que o mercado exige”.



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